Presenciei uma maratona e tanto acompanhando as notícias sobre a produção, gravação e repercussão desse primeiro B-Drama (vou chamar carinhosamente assim) nas redes sociais.
Extremamente corajosa a iniciativa em produzir uma série desse gênero de ficção fantástica no Brasil, por um lado pela popularidade dos “kdramas” e o K-Pop por aqui, mas também pelo outro extremo negativismo do público com tudo que é produzido no país e querem a todo custo arranjar uma desculpa para dropar. Mas isso é um assunto para ser discutido / comentado em outro artigo.
O maior mérito dessa história fofa cai certamente em cima dessa jovem atriz Sharon, que nesse primeiro trabalho teve uma responsabilidade em ser a protagonista de uma história que tinha tudo para dar errado, mas que por incrível, acertou bastante, em vários pontos.
O primeiro é seu jeito meigo e jovial, com passagens de humor e drama, principalmente no último ato. Há momentos de pura beleza e carinho na trama, principalmente o que se refere a história original da ópera O Lago Dos Cisnes (como dito no noonacast com spoiler).
Outro ponto positivo é a participação do elenco da Coreia do Sul, os membros do ACT. A interação entre os meninos era tão natural que acabei com uma vontade imensa de seguir a banda. Sim, a pós-produção e a turma de marketing trabalharam bem em fazer um trabalho de divulgação da banda fictícia que foi de dar inveja.
Falando nisso, o trabalho da cenografia, iluminação e pós-produção na mesa de edição e finalização foram de uma perfeição de aplaudir. Foi esperto a utilização da locação do novíssimo edifício B32 em São Paulo como uma Coreia do Sul fictícia e o bairro do Bom Retiro como lar da Carol, mesmo tendo uma rua como plano de fundo. Inclusive, tudo que se remetia aquele país era claro e brilhante, iluminado. As locações e cenas em São Paulo eram frenéticas e diferentes e tinham até um brilho especial e além do mais, com a pandemia ainda em alta por aqui.
Mas nem tudo foram flores, e tivemos leves deslizes que não comprometem a diversão, afinal, isso também acontece nas “séries” originais. SPOILER – Mais precisamente nos ganchos para uma outra temporada e as respostas sem respostas do pai da Carol e da tia Regina que foi dito muito, mas sem muita coisa, talvez para a próxima temporada. FIM DO SPOILER.
A meu ver, como comentei aqui no Momentokdrama, foi a falta de legenda para a versão distribuída pela PrimeVideo que me causou maior desconforto. Na hora (como disse nas minhas primeiras impressões), isso me causou uma raiva imensa. Cadê a legenda meu povo.
De resto, torço de verdade para que comecem uma gravação em breve, mesmo com esses ganchos incompletos no final, que foi um risco imenso, como dito acima. O resto da minha análise você ouve no nosso noonacast, com spoiler.
Roteiro: 7
Direção: 9
Elenco: 9
Fotografia/arte: 10 (Essa palheta pastel é um encanto)
Potencial de replay: ♥♥♥♥♥ (Olha o triângulo Carol, Kyung e Dae-Ho aí gente)
Troféu google tradutor: Depois da Tardis e alienígenas falando inglês, tudo é possível no mundo na ficção. A única queixa que tenho é que não ouvi a Sharon falando em hangul. Em várias coletivas foi uma delícia ouvi-la.
Carol é uma adolescente coreano-brasileira que vive uma vida regrada e atarefada entre o trabalho no café de sua tia, a escola, as tarefas domésticas e os ensaios de balé. Porém, sua vida sofre uma reviravolta quando seu guarda-roupa vira um portal mágico para o dormitório do ACT, o maior grupo de K-Pop do mundo! É assim que Carol, que odeia tudo que vem da Coreia, vê seu quarto ser invadido por idols sul-coreanos, em especial pelo líder Kyung, que se muda definitivamente para sua casa. Agora, ela precisa manter o portal mágico em segredo e ainda passar num concurso de balé que pode realizar seu maior sonho. Mas talvez Carol e o ACT tenham mais a aprender um com o outro do que eles jamais imaginaram. (HBOMAx)
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