NÃO DEIXE DE LER A MINHA RESENHA DA EDIÇÃO ESPECIAL, COM MUITOS EXTRAS E CURIOSIDADES.

Update: 24/10/22

Achei uma sinopse linda de ler:

Em uma terra dominada pelo poderoso clã Wen, um jovem chamado Wei Wuxian inicia uma amizade nada convencional com o amante da justiça Lan Wangji. Quando a dupla inesperadamente se depara com evidências que implicam o chefe do clã Wen em uma trama para trazer caos aos habitantes de sua terra, Wei Wuxian e Lan Wangji decidem intervir. No entanto, as tentativas da dupla de frustrar os planos perversos do chefe do clã Wen dão errado. Na confusão que se segue, Wei Wuxian desaparece – com muitos temendo o pior para ele. Dezesseis anos depois, Wei Wuxian retorna do nada. Ele logo se reúne com Lan Wangji, assim como uma onda de assassinatos misteriosos estourou. A dupla une forças mais uma vez para investigar, determinada a não falhar desta vez… Será que a dupla pode chegar ao fundo da intriga? Eles vão resolver os casos de assassinato? E quem é a figura secreta covarde puxando as cordas por trás das maldades que agora assolam a terra?
Texto: Moviestillsdb

Quando comecei a maratonar Os Indomáveis ou The Untamed, não tinha ideia do trem que eu tinha entrado.

Além da novel e do live action, existe uma quantidade imensa de produtos disponíveis, -manhua, anime, games e até um spin-off (Fatal Journey).

Como aconteceu com Miss The Dragon, esse C-Drama de fantasia (de novo de fantasia). Tem um visual deslumbrante, épico, fascinante.

Esse review tem spoilers, então, cuidado.

É muito acertada a escolha de Zheng Weiwen e Chen Jialin, os diretores, em colocar uma cena de batalha intensa e morte logo no começo da história. Não sei se na novel foi a mesma coisa, mas para live action, valeu e muito.

Além de aumentar a curiosidade de quem assiste, ainda deixa uma dúvida se o personagem, Wei Wuxian, é bom ou mal e como ele chegou até aquele ponto.

A princípio imaginei que era uma epopeia do mesmo estilo dos anos de 1970/80 do rei do stop motion Ray Harryhausen, como na cena da tartaruga gigante e cachorro “fofo” na másmorra – falo mais sobre isso no final.

Mas The Untamed vai além disso. Atrás dessa cortina de fumaça que foram os “crimes” de Wei Wuxian existe uma trama complexa de intrigas que são reveladas somente nos últimos episódios.

E essa viagem até o fim foi tão intensa que eu até esqueci dos personagens que aparecem no começo quando Mo Xuanyu (Wei Wuxian) recobra consciência.

Essa primeira parte é a mais significativa. Depois que terminei a maratona percebi o quanto importante foi a máscara que Mo usava para ocultá-lo dos outros personagens que conheciam Wei no passado. Afinal, para nós espectadores é mais fácil identificá-lo como Xiao Zhan  do começo ao fim. Mas segundo a minha amiga Lily Lopes Wyvern na novelização eles são bastante diferentes, inclusive na altura.

O extrovertido Wei Wuxian é o típico personagem fácil de se apaixonar. Toda a primeira fase até o massacre no Pier Lótus nos faz se apaixonar pelo lugar e a família. A fórmula do sucesso de toda “jornada do herói”. Inclusive, com um amuleto mágico maligno e outras pistas que me fez acreditar que essa história seguiria um caminho clichê “óbvio”, e eis que a tudo vira de ponta cabeça e a história segue para um caminho oposto, tortuoso e cheio de mortes pelo caminho.

Como aprendi em uma linha narrativa, quanto mais fundo os protagonistas caem em desgraça, melhor é a sensação de alívio quando eles alcançam uma vitória. E a criatividade está em como essa história é contada e foi muito bem contada, até talvez os dois últimos capítulos quando

A melhor escolha certamente ficou entre os protagonistas Xiao Zhan e Wang Yibo que ficaram excepcionais juntos em tela, – mesmo com Yibo falando bem pouco até o retorno ao presente. Inclusive associo o comportamento de Lan Zhan ao nosso querido Shiryu de Dragão.

Certamente a única parte corrida foram os últimos capítulos quando toda a trama de Jin Guangyao é revelada e realmente é necessário lembrar dos clãs e nomes e traçar um mapa mental das pessoas citadas em sua tramoia vingativa.

Algumas passagens não ficaram muito clara para mim, além do final auto-explicativo de Jin Guangyao, também não fiquei sabendo afinal o que eram aqueles braços malignos no começo. Minha amiga Lily explicou que muita coisa ficou fora desse C-Drama. Sempre, claro.

Agora o que teve de mais fraco, além da correria dos últimos capítulos, foram os efeitos especiais. Mas que nada desagrada ou atrapalha a experiência frente a história incrível.

E incrível também foi o relacionamento dos dois jovens, que aqui entre nós, se não fossem por alguns diálogos muitos específicos em termos ocidentais seria apenas um bromance. Mas acrescento que mesmo entre essa “brotheragem” há mais complexidade do que muitos k-dramas que assisti por aí.

Claro que entre um elenco tão imenso, é claro que o melhor de todos foram os protagonistas como disse acima, mas o mais divertido foi Yu Bin como o adorável General Fantasma Wen Ning, que inclusive foi merecedor de um spin-off que citei acima.

Resumo da ópera. The Untamed merece e muito as 10 bilhões de visualizações, e você que acha que superpoderes são “normais” somente entre os super-heróis da Marvel, um recado.

Nada é bom sem um ótimo roteiro, e Os indomáveis é praticamente impecável além de ter uma trilha sonora de cair o queixo de linda e arrancar suspiros das unnies.

Roteiro: 10

Direção: 10

Elenco: 10

Fotografia/arte: 10

Efeitos especiais: 6 (feito na casa do primo)

Potencial de replay: ♥♥♥♥♥ (É tão amorzinho que dá vontade de dar mais nota)
Ship: Pelo tamanho do fandon, dá para entender

Momento culinária: Descobri que a raiz da flor de lótus é comestível. Agora fico imaginando quem foi o guloso que provou essa raiz a primeira vez.

Mais um troféu aí? Untamed ganhou mais de 40 prêmios na sua história, além de bater o recorde de 10 bilhões de telespectadores no mundo.