O primeiro “encontro” que tive com esse c-drama foi em 2011, quando foi exibido na CNT. Até recentemente eu não sabia que se tratava de um drama no estilo que se popularizou de uns anos para cá, e acredito que poucos sabem disso.

O formato é o mesmo padrão, 50 episódios, de 45 minutos cada, que contam a história do grande artista marcial Bruce Lee, – da adolescência até a morte no dia 20 de julho de 1973 aos 32 anos de idade.

Por se tratar de uma obra biográfica de 2008, podemos ter algum tipo de estranhamento na qualidade, se comparados aos dramas atuais, e na narrativa que tem jeitão de novela, afinal estamos acostumados com as séries de ficção.

Danny Chan é considerado um dos experts do gênero de artes marciais na China e sua caracterização como Bruce Lee está perfeita.

A produção desse c-drama ficou por conta da filha de Bruce Lee, Shannon Lee e os diretores Li Wen Qi, Moon-ki Lee entregaram um material biográfico incrível sobre esse que é considerado um dos maiores artistas marciais do gênero.

Nos primeiros capítulos descobrimos que o jovem Bruce foi vítima de preconceito dentro de seu próprio país devido a forte influência da Inglaterra e esse preconceito estendeu-se por toda sua vida. Devido ao seu envolvimento em brigas na rua, mesmo sem falar inglês, Lee foi despachado pelos pais para os Estados Unidos, em Seattle aos 18 anos.

O romance e casamento foram outros momentos marcante em sua vida, em 1964, Lee burlou a lei vigente em alguns estados americanos ao se casar com Linda (Michelle Lang): na época, a união inter-racial era proibida no país. Lee era contra qualquer tipo de preconceito, e inclusive acumulou inimigos ao insistir em ensinar artes marciais aos “não chineses”.

Vale acrescentar que alguns fatos foram adaptados para melhor compreensão e envolvimento com o público, como, mudança no nome de alguns personagens (talvez por conta dos direitos) algumas passagens fora de ordem, mas que não interfere em nada a experiência final.

Os amantes de artes marciais irão ao delírio (como eu), por conta de algumas participações especiais e artistas famosos das artes marciais como Mark Dacascos, Gary Daniels, Ray Park, Ernest Miller, e Michael Jai White.

Pessoalmente, acompanhei as 3 exibições desse cdrama na versão dublada, e confesso que não consigo ver de outro jeito, acho que por uma questão afetiva.

A Band exibiu a série completa a partir do dia 17 de setembro de 2020 e atualmente você pode assistir na Amazon Prime nas versões dublada e original com legendas.

Roteiro: 10 (esse é o ponto mais forte do c-drama)

Direção: 8

Elenco: 10 (A ideia de um elenco estelar de lutadores marciais como oponentes de Bruce Lee, foi genial).

Fotografia/arte: 7 (fraquinho, mas não compromete o resultado final, só causa estranhamento por parecer barato), a trilha sonora de 3 músicas também. Mas como disse no início do review, não podemos exigir muito de uma série de 2008 e sabe-se lá com qual orçamento)

Potencial de replay: ♥♥♥♥♥ (eu amo Bruce Lee então assisto de novo, e estou assistindo de novo agora em 2023 acho que pela 6a vez)

Ship: Bem, claro que tem, afinal conta a história dele, casamento e morte.

Notinha do coração: Doeu na alma ver a fase do nascimento dos filhos de Bruce, lembrei na hora da morte de Brandon.