
Esse kdrama é hoje considerado o mais caro produzido pela Coreia do Sul. Claro que nem chega perto dos 46,5 milhões de Senhor dos Anéis, o derivado das obras de Tolkien. Segundo a Rolling Stone chegou a um orçamento total de mais de 60 bilhões de won coreanos, ou cerca de 45 milhões de dólares. Isso equivale a cerca de 2,25 milhões de dólares por episódio, que é um feito e tanto.
O que me deixou imensamente feliz foi os holofotes direcionados a personagens que compõe família, tem filhos e são “gente como a gente” e é aí pela perspectiva de pessoas comuns que a mágica funciona.
Todos têm uma função real na trama, sem enrolação e sem os clichês básicos. Tudo é apresentada de maneira orgânica com saltos entre presente e passado, o que faz com que tenhamos que prestar atenção aos pequenos detalhes nas cenas.
O destaque fica em peso no elenco feminino com Han Hyo-Joo (W Dois mundos e Happiness / Felicidade) como Lee Mi-Hyun e Ko Yoon-Jung (a Naksu de Alquimia das Almas e Death’s Game) como Jang Hui-Soo, com cada uma brilhando em arcos importante, fazendo com que imaginássemos que se tratava de um clichê como nos vários apresentados nas séries ocidentais, só que de repente tomamos um “plot twiste carpado” no script e tudo muda, ou parafraseando o título, tudo está em movimento. A vida de cada personagem culminando em uma final incrível que no final e recompensado por efeitos especiais que tem a desejar em vários momentos se comparado com produções feitas desse lado do mundo. Percebe-se que aquela ou outra sequência era computação gráfica. Contudo é só não ser tão exigente e ignorar.
Outro ponto importante é a classificação alta pelo excesso de cenas violentas, com morte e pancadaria, coisa digamos dignas de aplauso da versão sem censura de Deadpool (quem assistir vai entender).
E para quem gosta de romance, sim, temos vários ao longo da jornada de vários deles, mas nada de coisas fofas, febres momentâneas, guarda-chuvas e carregar a amada no colo. As situações são viscerais conforme a trama exige e sim, com atores acima dos 40 mostrando que a indústria não foi feita somente para os jovens. Aplaudi.
A primeira parte dessa resenha é sem spoiler, depois sinalizo onde começam, mesmo assim, nada que vá estragar a experiência.
Em se tratando de séries com super-heróis, eu acreditava ter visto de tudo, mas esta série me surpreendeu em vários momentos, principalmente por ser muito, mas muito diferente das apresentadas do lado de cá.
Como de costume, sempre assisto uma série sabendo o mínimo possível sobre, para ter a mais genuína experiência, portanto, eu não tinha ideia de que “Em Movimento” apresenta a Agência de Planejamento de Segurança Nacional da Coreia do Sul, que criou, na década de 1990, uma equipe de operações secretas de pessoas com superpoderes e que estava literalmente em guerra com a Coréia do Norte.
Nos primeiros momentos um aviso, que é uma trama de ficção e que não existe nenhuma relação com fatos históricos. Porém, o que tem de interessante é o paralelo que existe entre o que é história e o que é ficção. Então uma dica, se possível, consultem o Wikipédia, será bastante útil.
Roteiro: 10
Direção: 10
Elenco: 10
Fotografia/arte: 8
Efeitos especiais: 6
Potencial de replay: ♥♥♥♥♥
A Agência de Planejamento de Segurança Nacional da Coreia do Sul criou, na década de 1990, uma equipe de operações secretas de pessoas com superpoderes. Encarregados de realizar missões confidenciais, os membros desta unidade de elite usavam seus poderes para defender o país e fazer o impossível diariamente.
Apesar de seus sucessos, um dia a equipe desapareceu, espalhando-se por todo o país e nunca mais se ouviu falar dela.
Duas décadas depois, Bongseok (Lee Jung-ha), um garoto que flutuava antes mesmo de aprender a andar, e Huisoo (Go Yoon Jung), uma garota que saiu ilesa de um terrível acidente de carro, acabam se conhecendo na mesma escola e se tornam amigos depois de dividirem seus segredos e descobrir que existem mais pessoas como eles no mundo.
Porém, os jovens vão ter que lidar com um misterioso entregador chamado Frank (Ryoo Seung-bum) que começa a assassinar pessoas com poderes em Seul.