Em meio a um trabalho de arte maravilhoso e uma produção que preza a bela fotografia (detalhes da galeria ao lado da página), esse kdrama com Park Bo-Gum e Song Hye-Kyo é um desafio  na arte de resenhar, – com uma história sem muitos altos e baixos e várias pontos soltas em toda a jornada. Algo muito semelhante ao que ocorreu em Clima do Amor, quando tudo pareceu girar em um looping narrativo.

Amo histórias complexas, cheias de reviravoltas e entrelaçamento de linhas narrativas, onde os coadjuvantes tem um papel importante na história e não são apenas pessoas com quem os protagonistas contracenam e e aí que Encontro perde alguns pontos durante toda a jornada.

A seguir alguns comentários pontuais com leves spoilers, mas que acredito eu, não vá prejudicar a experiência na história.

O primeiro ato em Cuba, me causou estranheza pois (spoiler), durante vários momentos deu-se entender que Cha Soo-Hyun (Song Hye-kyo) estava a beira do limite da emoção quando, mesmo depois de ter a bolsa roubada, não expressou a mínima reação. O que naquele momento deu-se entender que ela iria dar cabo a vida (ou não). O que não ocorreu. O que me fez seriamente acreditar que Song Hye-Kyo é uma atriz de talento muito reduzido, ou como disse nossa amiga Vicki, uma eterna “sofredora blasé”.

E essa expressão de manequim continuou em grande parte dos episódios salvo alguns momentos pontuais que (pasmem), até que ficaram bons. Eu acredito que foi por grande parte em uma mudança no posicionamento de câmera e direção em alguns momentos no segundo ato, o que me deu entender que mudou alguma mão condutora por ali. Claro, algo que passará despercebido pela maioria das pessoas.

Por outro lado, ainda no primeiro ato, em Cuba, Park Bo-Gum demonstra simpatia na pele de seu personagem, contudo, em descompasso com sua parceira de cena.

Kim Jin-Hyuk (Park Bo-Gum), é o personagem fofo, otimista e que dá vontade de guardar em um potinho. Algo muito semelhante dos personagens de Rowoon. O bom garoto.

Dito isso, todo o conflito que leva a história adiante se perde em uma não querer mostrar mais nada além é claro da subliminar crítica contra o sistema que não aceita de bom grado uma mulher madura, rica, divorciada em um relacionamento com um rapaz mais jovem e de classe média “baixa”, inclusive essa é a fórmula de bolo para que as mulheres suspirem de amor. (O que não é o meu caso).

Para mim, o que faltou foi mais ramificações nessa história, como por exemplo, o motivo do divórcio que poderia ser incrivelmente explorado, ou como o pai de  Cha Soo-Hyu alcançou o poder ou como sua mãe a chantageou, ficando tudo muito subentendido sem querer arriscar.

Dito isso, CLARO, que esse não é um ponto determinante para que Encontro seja uma canoa furada, já que todos os elementos clichê básico estão presentes, em uma receitinha de bolo que agradará a maioria.

Dito isso, visto por essa perspectiva, é uma boa pedida para quem está se importando somente com as cenas de amor entre os dois.

Direção: 9

Roteiro: 5

Fotografia: 10

Figurino: 9

Potencial de replay: ♥♥

Ship: Até que gostei dos dois, depois da segunda metade.

O que fazer quando roubam a sua bolsa em um país estrangeiro com o celular, dinheiro e dois chicletes? NADA. Vai dar um rolê e sair para passear com o primeiro cara bonito que achar na frente.  Detalhe: Que cabelo é aquele do Park Bo-Gum, misericória de lindo.