Sou uma fã maluca por filmes/livros/ qualquer coisa de realismo fantástico. Pouco me importa se falamos de uma Galáxia Distante como em Star Wars ou se estamos dentro de um computador maluco como em Tron Uma odisseia eletrônica ou vivendo dentro de um castelo onde os bruxos e fantasmas são amiguinhos como em Harry Potter.
O universo fantástico sendo bem construído e tendo uma lógica dentro do que foi proposto (por mais maluca que seja), faz o roteiro até ser muito interessante, além de nos transportar para um mundo diferente e proporcionar algumas horas de lazer.
No mundo real o jogo Pokémon Go em 2016 (em agosto no Brasil), apresentou ao mundo o conceito de jogo de realidade aumentada, – e tornou-se uma febre mundial.
Diz a lenda que ocorreram alguns acidentes com jogadores, como atropelamentos, quedas em buracos, tropeços e trombadas e outras esquisitices, além da loucura de jogadores correndo em parques para pegar aquele Pokémon raro.
Bem, partindo dessa premissa, memórias teve um timing genial, porém, alguns pontos deixaram a desejar. O que seria se houvesse uma realidade aumentada vinculada a uma lente de contato ultra hightech.
Como foi dito pelo empresário Yoo Jin-Woo, o jogo movimentaria o turismo e o marketing a um nível nunca visto. Imagine só se dentro do jogo alguém tivesse que tomar um refrigerante para passar de fase? Quanto que isso renderia de patrocínio?
Era o que prometia a sinopse de Memórias de Alhambra. Só que ficou no meio a meio. Então vamos aos pontos positivos.
O ponto mais alto certamente é o ambiente dentro do próprio jogo em Alhambra. Estou quase apostando que a Espanha tem algum acordo de turismo com a Coreia do Sul (ou algo do tipo), minha nossa como vários outros kdramas passam parcialmente na Espanha, dá vontade de morar naquele lugar. Mas enfim. Tudo muito lindo e mágico. É de encher os olhos.
Quanto a história, resumidamente toda a jornada de Yoo Jin-Woo vale o tempo da maratona, mas somente e tão somente se você aprecia de verdade o lance de seguir o jogo, pois infelizmente toda a parte dramática ou a história que gira em torno de tudo deixa muitas pontas soltas (deixarei isso para o final). E mesmo assim, dentro da série os inimigos são quase os mesmos e a visão da tela que Yoo Jin-Woo tem é sempre a interfase.
Então, sem dar muitos spoilers sobre o jogo, acredite, o final “em aberto” foi realmente plausível pelo que foi proposto em toda a sua jornada até aquele momento. Não havendo de verdade a necessidade de uma segunda temporada. O que percebi que Alhambra não é um kdrama onde o romance é o foco. E sobre isso vem a parte 2 da crítica.
Ai, ai, ai, o que dizer que Memórias de Alhambra. Antes de mais nada deixo esclarecer que este k-drama seria o segundo depois do meu amado, Pousando no Amor por conta do gatíssimo coelho que estou seguindo, Hyun Bin. Mas o destino me reservou coisas melhores no quesito romance e até peço perdão a Faith ou A Grande Doutora, em achar que Yoo Eun-so (Kim Hee-Sun) não era uma parceira ideal ao divo General Choi Young (Lee Min-Ho) nesse k-drama de época para lá de questionável. Até penso em mudar subir um pouco mais a minha nota final. Sem palavras para Memórias de Alhambra e seu romance mais sem sal e sem açúcar da dramaland. Em alguns k-dramas senti pelo menos alguma coisa, raiva, pena, tristeza pela prota. Mas nunca, até agora, o sentimento foi tão neutro. É como a ausência de Park Shin-Hye não fizesse diferença.
Como disse acima, o foco realmente não era o romance, mas sim o jogo. MASSSSS se a proposta foi essa, é como dito o ditado. Se for fazer faz direito.
Até a holograma EMMA (Park Shin-Hye) era mais expressiva do que pobre da Jung Hee-Joo. Não dá para acreditar que trata da mesma atriz. Não houve (sorry girls), um momento em que eu notei que eles estavam apaixonados. Eu digo, nenhuma oportunidade ou segundo em que eles poderiam se apaixonar. Então quando eles se beijaram, foi quase como se nada tivesse acontecido.
Então se você quer se divertir com cenas de ação de Hyun Bin fez perfeitamente, então a diversão é certa. Mas não se esqueça, não ligue para a continuidade, lógica ou algo do tipo. Foque só na diversão e no cenário e seja feliz.

Agora as coisa que não foram explicadas ou deixadas de lado, então, é claro, cheio de spoilers.

Onde Jung Se-Joo (Chanyeol) ficou escondido durante todo um ano. Dentro da tron? Será que ninguém pisou nele na estação de trem.
Quando o usuário tira a lente de contato o jogo continua, ok folks, como isso acontece? Tem alguma coisa na lente que gruda na retina e permanece com o sinal no cérebro.
Um jogador morre na vida real, mas não sabemos como isso ocorre. Parada cardíaca até pode ser, mas se Cha Hyung-Seok (Park Hoon) teve o sangue drenado, isso teria que ter acontecido de algum modo.
Usuários estavam testando o jogo. Será que nenhum deles matou um colega que virou bug no jogo também. Somente o coitado do Yoo Jin-Woo teve o Cha Hyung-Seok de encosto? Que aliás, que encosto dos infernos.
Yoo Jin-Woo quando estava dentro do jogo acreditava que não mancava, mas na realidade não. Só que a sequência disso estava meio confusa ou foi erro de continuidade que alguém percebeu depois e remendou de qualquer jeito.
A chave que Yoo Jin-Woo entregou a EMMA era real o não? O mesmo vale para o final quando ele virou pozinho e entrou na matrix. Esses saltos entre a realidade e dentro da máquina confundem qualquer um.
Se alguém puder me responder, agradeço. Deixa aí nos comentários, vou adorar.

Roteiro: 3

Direção: 5

Elenco: 7

Fotografia/arte: 10 (como não se apaixonar por Alhambra e seu cenário incrivel)
Potencial de replay: Precisa?
Ship: Tô procurando até agora
Troféu encosto: Quem tem o Cha Hyung-Seok como encosto 24 horas não precisa de mais nada.