Estreou no último dia 15 na plataforma do Tudum o k-drama de ação noir, My Name. Como bem resumido na sinopse, este é um filme de ação de arte que promete manter a onda em alta das produções Coreanas no Brasil.

Cheio de ação e porradaria, a atriz  Han So Hee faz um excelente trabalho com a protagonista Yoon JiWoo, uma adolescente que presenciou a morte do pai ao completar 17 anos de idade.

O diretor Kim Jin-Min optou de forma acertadíssima as tomadas de ângulo / câmera (que lembram muito o clássico Blade Runner e até mesmo o maravilhoso Akira) e, também na fotografia magnífica, com as cores contrastantes aplicadas nos mínimos detalhes, muito parecido com o seu trabalho em Extracurricular. Uma pequena fonte de luz contrastando em um fundo escuro e tom laranja ou um inverso com luzes estrategicamente posicionadas para ambientação, com planos que não estamos acostumados ver com frequência, inclusive em uma cena inteira com uma tomada que lembram os jogos FPS (Tiro em primeira pessoa) como os clássicos dos games Call of Duty, Battlefield ou Counter Strike.

Outro ponto forte são as cenas de ação e luta, juro que fui procurar se a modelo de 26 anos Han So Hee era artista marcial e descobri que ela fez um treinamento intensivo somente para este trabalho, cheio de coreografias violentas e visualmente fatais. Tanto que existem momentos violentos e enfins, nem preciso detalhar tanto.

Quanto a história, como fã do gênero, a personagem Yoon JiWoo entra facinho no ranking das melhores protagonistas “modafoka” que já tive o prazer de assistir.

No começo, como uma adolescente tentando sobreviver em meio o bullying intenso em uma colégio feminino, – e depois no mundo caótico em se meteu com o objetivo de conseguir descobrir quem era o verdadeiro assassino de seu pai.

Yoon JiWoo consegue transmitir no olhar o perfeito equilíbrio entre a delicadeza de uma mulher, a força de uma vingança e o ódio em estar perdida em uma situação caótica.

Ou seja, Han So Hee tem a sua própria personalidade e mostra que para um thriller no gênero, não é necessário ser uma Frank Castle de saias.

Todos os outros personagens cumpriram seu papel, destaque é claro, para o ator Ahn Bo Hyun como o agente da narcóticos Jeon Pil-Do.

O ator de 33 anos foi outro que fez a lição de casa e como a sua partner Han So Hee conseguiu dar o equilíbrio tanto para a personagem (que precisava de uma pausa na ação vez ou outra), mas também no desenvolvimento da personagem que precisava acreditar que no final tudo poderia dar certo.

Mas nem tudo foi maravilhas na terra dessa vingadora. Agora vamos a parte com spoilers.

Como disse, sou grande fã de thrillers “vingança”, e grande parte do que foi mostrado em My Name é figurinha marcada das películas do estilo. Inclusive consegui cantar a bola de dois plots importantes. Então, diferente do que observei em City Hunter e The K2, (mantendo o foco nas produções coreanas), MY NAME não tem muito a acrescentar sobre grandes reviravoltas ou decisões extremas. A não ser… SPOILER MEGA, ULTRA. Pela morte do agente Pil-Do pelo chefe do tráfego depois de uma cena linda de amor dos protagonistas. (Pausa para dizer que as melhores cenas de beijo foram atualizadas com sucesso).

Essa sim foi uma escolha acertada, pois depois de encontrar um “motivo para parar”, ela precisava de uma nova motivação para vingança, e perder de novo alguém que amava era o que ela precisava para cumprir a missão.

E aí que caio no maior questionamento do k-drama. Foi deixado algumas pistas sem muita explicação (se eu deixei escapar, comentem). Qual o motivo da existência de uma arma no Brasil? Mais fácil de conseguir? Uma equipamento melhor?.

Outra coisa que me deixou perdida foi o plot afinal. O pai de Yoon JiWoo foi sempre um policial. Como nunca, jamais, never ela soube disso? Ele era o James Bond ou o Ethan Hunt na fila do pão?

E qual era o objetivo de vida do chefão Choi Moo-jin, irmão de sangue de seu pai e chefe do maior cartel de drogas da Coreia? Ele queria que ela o mata-se, simples assim? Então é por isso que ele foi para um campo de guerra, enfrentar seu inimigo sem um colete? Então, então está explicado, SQN.

No geral é uma série que dá para se divertir com as ótimas cenas de ação e trabalho técnico impecável. Mas não esperar grande plot twists carpados triplo no final.

Roteiro: 8

Direção: 10

Elenco: 10

Fotografia/arte: 10

Potencial de replay: ♥♥♥

Troféu: Cena do Band-Aid no braço com beijo atualizado com sucesso.

Troféu esqueceram de mim: Quando em uma delegacia não registram a digital de alguém?

Troféu: participação especial do Brasil…