Depois de The K2, decidi seguir o coelho do Ji Chang Wook, – agora a bola da vez é a comédia romântica Parceira Suspeita. E pasmem, eu não sabia que ele era tão bom (no sentido não uhuuuu da palavra) em comédia. Primeiro o sorriso contagiante do ator, e depois o jeito “sisudo” do personagem me cativou de primeira.

Tecnicamente as comédias românticas não têm muito a acrescentar sobre figurino, locação (a não ser que seja muito aparente) e trilha sonora. Nesse caso, só um adento sobre os sons divertidos e os efeitos de transição visuais de cena.

Seguindo o “padrão” dos k-dramas Ji Chang Wook é o bem-sucedido promotor de temperamento explosivo Noh Ji Wook, que por vias malucas do destino contrata a atrapalhada estagiária Bong Hee (Nam Ji Hyun).

Bong Hee e Noh Ji Wook a princípio não se entendiam devido uma “ligeira” confusão no metrô, – contudo com seu jeito divertido e descontraído a moça conquista o espaço e o coração do “implacável” promotor, – principalmente depois de torna-se suspeita de um crime que não cometeu e tendo o seu mentor como protetor.

A primeira parte da saga de Bong Hee é imensamente divertida, o começo no período de estágio foi hilário. Praticamente todo o primeiro arco até a hora que ela foi presa. Quem já usou lente de contato (como eu), sabe que a miopia é um “jogador contra” em nos metermos em encrenca, – me identifiquei bastante com ela, VÁRIAS VEZES. Ri com as suas atitudes de rompante e seus sonhos delirantes, mesmo sendo uma advogada. Afinal, antes da profissional temos um ser humano ali. Maravilhosa. Crédito válido para o diretor Park Sun-Ho que também dirigiu A Lenda do Mar Azul.

É claro, para a nossa heroína nem tudo são flores. Percebi a um tempinho que muitas das comédias românticas tem um Q de crime, ou seria um “C”?!. Fico com o pé atrás quando vejo histórias do tipo, O que houve com a Secretária Kim, Mulher Forte, Do Boon Soon e até mesmo A Lenda do Mar Azul que eram “fofinhas” no começo e depois. Bang, tudo muda de cabeça para baixo como uma tempestade.

Quase não houve sobras de personagens, coisa bem comum na maioria dos k-dramas de comédia romântica. Toda a trama é bem distribuída em meio a um roteiro inteligente e bem amarrado. Existe uma crítica ao sistema judiciário, (até na Coreia), onde os fins não justificam os meios, – é muito bom quando temos uma história dentro de outra história, além do plot do romance, – gosto muito como as séries coreanas colocam tudo isso em camadas, é algo que estou aprendendo com as maratonas. Pois é.

Foi uma experiência muito interessante acompanhar cada momento de Noh Ji Wook no tribunal, Ji Chang Wook mostrou-se um excelente ator e ele mostra em cena uma credibilidade em cada trabalho que faz, com seriedade, nessa série tanto como promotor como advogado. A série não é sobre o trabalho no tribunal e o júri, mas ver o quanto a ordem pode se corromper e ser corrompida foi a cereja no bolo.

Não foi difícil imaginar que embaixo do tapete sempre poderá existir sujeira e Kim Hong-Pa e seu odiável Jang Moo-Young são uma amostra de como o poder pode não ser tão justo e certo assim. Foi de doer a alma quando ele tentou enforcar Bong Hee ao acusá-la pelo crime que nã cometeu, mesmo sendo o mandante da inclusão de pistas falsas.

A única ressalva, é o plot do “conflito do par romântico”. De novo, vemos a desconfiança e a insegurança como fator significativo para o rompimento temporário dos protagonistas, dessa vez (spoiler), o fato do pai da Eun Bong-Hee ter sido injustamente acusado pelo crime no incêndio que vitimou os pais de No Ji-Wook não seria o suficiente para tal alarde, já que ele era apenas um garotinho quando serviu de testemunha no caso. Ah, pelo menos para isso tiveram a feliz ideia em colocar um outro plot de crime tendo uma criança como testemunha. Valeu para nos alertar que a lembrança e o depoimento de uma criança podem ser facilmente remodelada. Gente, participação maravilhosa de Kim Ye-Joon como o garotinho Kim Jae-Hong.

O final poderia ter sido cortado um pouco antes, foi interessante saber que profissionalmente Eun Bong-Hee e No Ji-Wook entrariam em conflito rendendo ótimas cenas, mas alguns momentos já seriam suficiente.

Roteiro: 10

Direção: 10

Elenco: 9

Fotografia/arte: 9

Potencial de replay: ♥♥♥♥♥

Ship: Adorei esses dois juntos, quero vê-los de novo outra vez.

Troféu ginsu: Mais gente ferida com faca… O coitado do prota, de novo. Acho que é por isso que eles comem com Cheot-garak. Faca é perigoso gente. Longe, batendo na madeira três vezes.