Quando a vida lhe der tangerinas

9.8

9.8/10

“Não é à toa que ‘Quando a Vida lhe der Tangerinas’ alcançou uma das notas mais altas do MDL até o momento, com 9.4 pontos. Sua narrativa fluida, com um roteiro que se adapta a diversos tipos de família, é a fórmula para o sucesso merecido.

O roteirista Im Sang Choon acertou em cheio, com passagens assertivas em ritmo e apresentação, sem enrolação ou decisões que questionam a sanidade dos protagonistas. A direção, a continuidade, a direção de arte e a produção também contribuem para o sucesso.

A história é dividida em quatro partes, nas quais a atriz IU interpreta mãe e filha em momentos cruciais de suas vidas, tanto no passado quanto no presente. A mãe é interpretada pela talentosa Moon So-Ri, e a série demonstra como a força matriarcal da família é essencial. A rotina familiar é retratada como uma montanha-russa, com altos e baixos, mas sempre com o apoio do marido, Yang Gwan-Sik, interpretado por Park Bo-Gum na juventude e por Park Hae-Joon na fase adulta.

Um outro detalhe não menos importante, são as representações sociais e hábitos sul coreanos que não são característicos dos brasileiros e que aprendemos a conhecer, como o fato de ser uma menina filha de mãe solo e depois tornando-se órfã o que causa um tipo de “antipatia” dos vizinhos, ou a necessidade dessa menina marrenta aos 10 anos, ter uma visão de independência além de seu tempo, além é claro, toda uma hierarquia que são comuns em outras séries, até as mais modernas, fazendo com que o personagem e marido  Yang Gwan-Sik seja tão especial, pois não é de longe o CEO, rico e com problemas familiares, e sim um pai de família tentando sobreviver e sendo amoroso com os filhos e um grande apoiador dos sonhos da esposa.

Atenção: a história exige atenção, pois há saltos temporais entre passado e futuro, entrelaçando as vidas de mãe e filha em situações que remetem a um “carma” geracional, superado a cada momento.

Uma história imperdível e quase impecável, com um leve deslize nos dois primeiros episódios, onde o objetivo da incompreensão inicial entre as famílias não fica claro, numa alusão à clássica obra de William Shakespeare, ‘Romeu e Julieta’.”

O destaque fica para IU que carregou nas costas a responsabilidade de encarar 2 personagens em fases diferentes da vida, partindo de uma atrevida e visionária meninas dos anos de 1950 até a sonhadora e impulsiva filha dos dias atuais.

Em suma, essa série consegue ser inteligente na elaboração de conflitos, alegrias e separações onde vários antes dessa falharam e demonstra que o molde para o sucesso é a honestidade em escrever um roteiro onde a história vale mais do que o rostinho bonito dos personagens.

Atenção a seguir com um leve spoiler:

Foi acertado a troca do marido da filha de Oh Ae-Sun (Yang Geum-Myeong) vivida ambas por IU na fase 4 pelo ator Park Chung-Seob vivido pelo ator Kim Sun-Ho ao invés de Park Bo Gum, – como parte algumas pessoas estavam esperando. Se ambos atores assumissem a fase 4 aconteceria um nó nos espectadores. Parabéns pela escolha.

 

Roteiro: 9,8

Direção: 10

Elenco: 10

Fotografia/arte: 10

Parabéns pelas cenas explorando o contexto histórico do momento, com citações em jornais e revistas da época.

Potencial de replay: ♥♥♥♥♥ (em todas as fases)

A personagem da Oh Ae Sun foi inspirada em Hong Kyung Ja, a primeira chefe mulher de Jeju.

“A declaração ousada da Ae Sun: ‘Não quero viver como a minha mãe’, se inspira em uma figura real. Escrito por Lim Sang Chun, conhecido por ‘Fight for My Way’ e ‘When the Camellia Blooms’, o drama é baseado em uma pesquisa completa que ele fez por Jeju.

A personagem da Ae Sun foi modelada a partir de Hong Kyung Ja, a primeira chefe mulher da vila de pescadores da Coreia, da cidade de Hansu.

Kyung Ja, agora na casa dos 70 anos, ganhou amplo respeito como líder da vila e membro proativa da comunidade, de acordo com o memorando “Hong Kyung Ja’s Story” de Kim Jing Kyung, presente no The Jeju Voice.

Em 2004, ela foi escolhida por unanimidade como a primeira chefe mulher de Jeju. Quando lhe ofereceram o papel, seu marido, a inspiração para o papel de Gwan Sik, apenas disse: “Faça bem”. Fonte Pretty Ji Brasil via https://zapzee.net.

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Sinopse

“Se a Vida Te Der Tangerinas” é um K-drama que narra a história de Ae-soon, uma jovem rebelde e sonhadora, e Gwan-sik, um homem reservado e diligente, na Ilha de Jeju dos anos 1950. A trama explora os desafios pessoais e sociais que eles enfrentam, enquanto descobrem o poder do amor e da resiliência.

Ae-soon, que aspira a ser poetisa, esconde suas inseguranças com coragem, enquanto Gwan-sik a apoia com devoção silenciosa. O drama combina momentos de humor, emoção e superação, revelando os contrastes entre o espírito livre de Ae-soon e a firmeza de Gwan-sik. Juntos, eles constroem um relacionamento marcado por cumplicidade e perseverança, enfrentando as adversidades da vida em Jeju.

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