Quem acompanha o site sabe que estamos “maratonando” em três fases diferentes. Eu sou a principiante da turma e praticamente tudo é novidade para mim. Até mesmo esse k-drama de 2016 que não sai da “parada de sucesso” dos obrigatórios.

Decidi dar uma saída pela direita (vídeo abaixo) e segui o coelho do Ji Chang Wook e não me arrependo. Essa decisão foi tomada depois de um post no facebook comentando de uma certa cena em um banheiro coletivo. Gente, o que foi aquilo que eu vi? Merece looping eterno.

Vou falar o que achei no geral sem spoilers e depois é por conta e risco.

A primeira parte em Barcelona me surpreendeu bastante. Yonna como Anna estava muito bem dirigida e ela parecia bem assustada em cena. Contudo o destaque foi para Ji Chang Wook que levou a série nas costas, juntamente com a impecável Song Yun-ah. E as cenas deles só não foram perfeitas graças ao deslize quase amador da direção de Kwak Jung-hwan que também é o produtor.

Seus takes com a câmera tremendo em super-close ups, (a conhecida “câmera nervosa”),  estragou a experiência estética, chegou a irritar. Esse recurso é muito bom para cenas com mais exposição dramática, mas não é um bom recurso para ser usado toda a hora. Ainda bem, que a trama envolvente “quase” oculta esse problema.

A história do homem que é acusado de um crime que não cometeu e pela morte da amada. Movido pela vingança, é o clichê mais batido que bife de terceira, contudo ainda bem, como aconteceu com a minha experiência com City Hunter, esse foi somente o estopim para algo muito maior que veio depois.

Vamos falar do elenco, sem spoilers. Ao contrário do que você gostaria, o novo casal maravilha de The K2 está a quilômetros da importância da história. The K2 é um filme sobre trama política, ação, porradaria e não romance, (apesar de ter um pouquinho para não perder o timming do público feminino). Sorry fãs da Yonna, (membro do grupo sul-coreano Girls’ Generation), cuja participação foi menos necessária e intensa,  -apesar da escolha acertada no texto dos roteiristas (explico na parte com spoilers).

Mesmo com algumas expressões caricatas, Choi Yoo Jin é a personagem cereja do bolo, a vilã de K2 tem uma interpretação maravilhosa, e ofusca quase todos os personagens a sua volta.

O mais “fraco” entre os protagonistas é de Jang Se Joon (Jo Sung Ha). É visível o seu esforço em fazer as cenas com choro ou algo do tipo. Ele sempre fecha os olhos e parece esforçar-se em soltar uma lágrima. Esse vício de atuação saltou aos olhos em tela, e foram várias vezes, coisa que deve ser devidamente guiado ou orientado pelo diretor. Outro erro da direção foram os excessos de close-ups em “mãos nervosas” e “lábios mordidos” um recurso para demonstrar raiva ou nervosismo. Vou abrir um parênteses longo aqui. Percebi esse recurso em vários doramas, é quase tão comum como a famosa cena da proteção com guarda-chuva. Chove tanto assim por lá?

Vamos a parte com spoiler.

Anna viveu a vida inteira como prisioneira dentro de um convento. Esse passado “justificável” é a base para o seu comportamento adolescente, mas “eu gostaria” (não façam isso crianças em uma crítica, mas de vez em quando escapa) de verdade, que ela fosse uma personagem “melhorzinha”. Seu comportamento de moça ingênua e manipulável até certo ponto, caminhava em descompasso dos outros personagens. Seria de verdade interessante que ela tivesse um aprendizado dentro de tudo que viveu dentro da história. Porém, contudo, todavia… se tornou somente alguém por quem o protagonista se apaixona e tem que salvar. Uma pena.

Não é apenas uma questão de chorar muito. Para isso tomei a liberdade em traçar um paralelo entre Anna e a fofa Ah-Ro (Go Ah-Ra) em Hwarang, – a linda de olhos verdes cresce e aprende durante toda a série de época. E são raros o momento em que Anna tem alguma inciativa.

E bem a tempo. Sobre isso, eu shippei Choi Yoo Jin com Je Há, com se ela não fosse a vilã. Alguém aí mais shippou mesmo sabendo que não ia dar certo? —- Momento delírio. Tinha mais tensão entre ela e Je Há que a Anna. Quem aí concorda levanta a mão?

Para encerrar, falando em tensão. Se não houve intensão entre Choi Yoo Jin e sua secretária Kim Dong-Mi (Shin Dong-Mi), não sei não.

E falando em encerrar, o final dentro da sala secreta da inteligência Artificial “Espellho Cloud Nine” foi imperdível. Nesse ponto tenho que dar meus parabéns a produção. Usaram uma salinha de vidro de escritório, uma mesa e microfones como a central de uma AI, porém, as reviravoltas na trama elevaram o suspense no topo e  tornaram K2 um k-drama imperdível, apesar das famosas barrigas tradicionais de todo k-drama. Nesse caso os blábláblá entre os políticos.

E as cenas de luta, segundo dizem, foi o próprio Ji Chang Wook quem fez. E me corrijam se estou errada, mas acredito que tem uma sequência que aposto que ele descolou o dedo, aquele gesso era real não? Alguém sabe?

Roteiro: 10

Direção: 8

Elenco: 9

Fotografia/arte: 9

Potencial de replay: ♥♥♥♥♥

Ship: Quando se shippa o protagonista com a vilâ, a coisa tá séria. Adoraria vê-lo com a Ah-Ro. Simbora escrever fanfic.

Troféu Subway: Gente, até em pesadelo essa lanchonete aparece. Santo mercham

Troféu celular perigoso: Desconfie de alguém que atende o celular ao mesmo tempo do seu lado.

Troféu telhadinho detox: O telhado da casa do esconderijo da Anna brilha mais que o chão do meu quarto.

Troféu fique de olho: Será que esse gesso é real?