BTS e Coldplay constroem um Universo

Universe

Ao ser anunciado o lançamento de uma música pelo BTS geralmente há alguma movimentação, o ARMY inteiro fica ansioso, expectativas, discussões, teorias…

Dessa vez não foi diferente, porém o burburinho foi bem maior porque a colaboração era com ninguém menos que o Coldplay, que acredito que dispense apresentações para quem conhece um pouco de música, porém, para quem nunca ouviu falar, é uma banda britânica de rock alternativo fundada em 1996 na Inglaterra composta pelo líder e vocalista Chris Martin, o guitarrista Jonny Buckland, o baixista Guy Berryman e o baterista Will Champion.

São famosos, também, por apoiarem causas sociais e políticas além de vários projetos de caridade.

Voltemos ao documentário, que é bem curto e está disponível no youtube.

É muito bonito vermos como Chris Martin não apenas resolveu fazer uma música com o maior grupo da atualidade, como também estudou músicas e apresentações deles, elaborando até mesmo uma break dance para a música pois sabe que os rapazes do grupo coreano dançam e dançam muito.

No vídeo de back stage vemos como eles trabalham duro, como são profissionais e não apenas rostinhos lindos e sorrisos. Cada um dos músicos envolvidos leva seu trabalho muito a sério e a imagem de que ser um idol do kpop é fazer caras e bocas não poderia estar mais errada. Eles trabalham e não é pouco.

A camiseta do Chris Martin com “music is the weapon” (música é a arma) não passou em branco para mim, simplesmente lindo, representativo de como ele sente sua arte e que não, pra ele cantar e compor não é apenas uma coisinha que ele faz por acaso e nas horas vagas. É amor…

A reação do BTS foi maravilhosa. Humildes, um traço especial deles, ficaram muito felizes de poder colaborar com um artista tão “grande” na opinião deles. Como se eles não fossem gigantescos… Mas eles são assim, o BTS é assim: humilde, trabalhador, educado e profissional.

Assim como o Coldplay.

RM, Kim Namjoon fora do stage, fez um comentário muito importante. Ele estava curioso para saber como Chris Martin era e ficou feliz ao ver que ele era humilde, pé no chão e… sem preconceitos. Não sei se as pessoas que vão ler isso sabem, mas xenofobia é algo que afeta, demais, em excesso, os artistas asiáticos em geral e o BTS não está alheio, nem isento, quanto ao preconceito.

Chris Martin fez comentários de incentivo que calaram fundo no meu coração de ARMY, pois nos tempos atuais é difícil ver músicos que realmente querem colaborar com o BTS por algo além de se aproveitar da imagem e alcance deles. BTS é uma mina de ouro, mas o fandom deles é sobretudo protetor e não foge de lutar por seus queridos.

Um grande exemplo é o que houve com a colaboração do BTS com Jason Derullo, que agiu muito mal com o BTS e foi rapidamente posto num buraco escuro pelo ARMY.

Aliás, eu não perguntei antes, mas você sabe o que representa ARMY, além de exército dos “garotos à prova de balas”, nome original do BTS ou Bangtan Sonyeondan? Sim, é uma sigla, digamos assim, para Adorable Representative M.C of Youth, ou Adorável Representante M.C da Juventude. Bonitinho não é mesmo? E muito de acordo com o que o BTS se propõe atualmente ao serem não apenas músicos, mas embaixadores junto à ONU, designados pelo Presidente da Coreia do Sul.

Acreditamos, nós, do ARMY, que eles conseguiram uma colaboração tão bonita com o Coldplay justamente por terem muitas coisas em comum: as obras sociais, o carinho com seus fãs, a vontade de produzir músicas que façam as pessoas ficarem bem, ou apenas oferecem alento e cuidado.

Ou talvez porque arte une as pessoas e eles não apenas músicos, eles fazem arte…

Chris Martin todo feliz, sorridente, nervoso até. O BTS encontrando com ele e ficando feliz. Momentos tão preciosos e que me deram sorrisos. O vocalista do Coldplay poderia ter feito tudo remotamente, como vários outros fizeram, mas não. Ele se submeteu à quarentena para ir até a Coreia do Sul e conhecer o BTS, cantar com eles, dar opiniões, porque ele é sobretudo, um artista na acepção mais bonita e profissional da palavra.

Olhos nos olhos, emoção, sensações, sentir a música, doação de alma. Isso foi algo que ficou muito evidente, para mim, nessa colaboração. Lindo, inspirador e que encheu minha alma de orgulho por haver pessoas que entendem que música É arte…

O clima do documentário é inteiro de felicidade, colaboração, amor pela música, inspiração. E muito, muito profissionalismo. É magnífico ver tudo que eles fizeram, as pequenas discussões, os detalhes, como eles treinaram, como funcionaram juntos.

É um prazer imenso ver que a música, realmente, não tem barreiras. É música! Ver o pensamento aberto, a felicidade, do Chris Martin, me emocionou bastante porque ele é realmente um apaixonado por sua arte e ver o BTS confortável, dedicado, feliz, faz qualquer ARMY ficar suspirando.

Assistam ao documentário e vejam que, ao contrário do que algumas pessoas preconceituosas pensam, música não tem fronteiras, arte não é algo permitido a apenas uma etnia, idioma, local.

A música é arte que pode unir almas, corações, trazer felicidade e ajudar em dias ruins. Coldplay e BTS apenas nos mostraram que a paixão move a vida.

Que a música é maior que fronteiras.

Nosso universo.

 

Lily Wyvern

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