Fobias, gatilhos, medo, indisposição e pânico na sétima arte e afins

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Muitos motivos podem influenciar a crítica (para baixo) de uma obra e esses fatores citados no título devem ser considerados.

Atualização jan/22: Me indicaram um site que registra gatilhos em vários tipos de mídia (obrigada Mandos pela dica de ouro), basta colocar o título da obra ou o tipo de gatilho que você deseha evitar, clique aqui para abrir o site em inglês, se preferir use o google tradutor para melhor compreensão.  

Na minha resenha de Tudo bem não ser normal, deixei-me influenciar por um gatilho que a personagem Ko Moon Young (Seo Ye-Ji) me causou. Acho importante falar algo sobre isso, mesmo apenas arranhando superficialmente a explicação de um assunto tão complexo.

No começo, achei essa vilã (sim, vilã) muito bem construída – e até fazia muito sentido dentro da trama – e estava gostando bastante. Aos poucos, alguma coisa ali começou a me incomodar e, depois do capítulo 7, eu estava com uma raiva absurda dela, que foi crescendo a ponto de eu ter pesadelos à noite devido a algum subtexto, que desencadeou algo que me fez muito mal. Não vou entrar em detalhes, mas vou dar um outro exemplo.

Você tem acrofobia? Não veja o vídeo abaixo. É uma cena do incrível filme “A Travessia”, de 2015. Separei a parte em que o Philippe Petit atravessa as torres gêmeas. Depois de ver o vídeo, vou contar uma experiência.

Assisti “A Travessia” em um cinema Super IMax em 3D. Imagine essa cena em uma tela gigantesca à sua frente. Achei a tomada de câmera impressionante, e realmente foi, com ângulos que davam a impressão de que estávamos no alto, junto com o personagem. Eu ouvia o som do vento, a respiração ofegante e tudo em volta. Para mim foi uma experiência maravilhosa, porém algumas pessoas do meu lado passaram mal. De verdade. Não ache que é uma bobagem algo que mexa com o emocional de alguém. Por isso um filme/série precisa passar por um filtro indicativo.

Nos filmes da saga “Senhor dos Anéis”, por exemplo, há uma aranha gigante, a Laracna,  e a aracnofobia é uma da mais comuns do ser humano, entre várias que pode parecer até estranhas, incluindo a fobia social e o bem comum medo dos filmes de terror, mais fácil de detectar.

A Lucas Film teve uma iniciativa bastante interessante. Na frente dos cinemas onde estava sendo exibido o filme “Star Wars: Os Últimos Jedi” havia uma placa indicativa com a informação: “Há um trecho do filme sem som e também um momento de luz intensa, que pode causar desconforto aos mais sensíveis”.

Outros fatores que podem influenciar de maneira negativa são o humor e a pré-disposição do momento. Siga o conselho do bom e velho “se não está no clima, parta para outro” e volte quando estiver realmente a fim e de bom humor. Medos e afins são coisas sérias e devem ser levados em conta. O entendimento e o sentimento desencadeados dependem muito do filtro e da experiência de cada um. Isso, no entanto, é um assunto para um profissional “de cabeça”. Em tempo: eu realmente me arrependi por ter insistido em prosseguir com Tudo bem não ser normal.

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