Made in Japan | Itens de cosplay, mangás, animes e metal heroes em exposição no Museu da Imigração Japonesa

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Os cerca de 97 mil itens que compõem o acervo do museu estão divididos em três andares do edifício da Bunkyo, a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social.

No espaço, o museu exibe edições raras de mangás, um rolo original de Akira (1988), uma fantasia de Saori, de Cavaleiros do Zodíaco, e armaduras de tokusatsu como a do Ninja Jiraiya, de Kamen Rider e do lendário Jaspion. Mas as novidades estão apenas começando. Em parceria com a Sato Company, o espaço receberá em breve uma armadura original de Jaspion, usadas nas filmagens da série japonesa. Futuramente, o museu também deve expor desenhos originais de Osamu Tezuka, considerado o deus do mangá.

Segundo um dos conselheiros do museu Oston Itiro Suga Hirano, a coleção ainda deve crescer mais. “Estamos conversando para trazer peças [originais de anime e mangá] importantes para cá. Esse espaço vai despertar não apenas a vinda de jovens, mas também disseminar o conhecimento sobre a história da imigração e a influência que o Japão tem na cultura brasileira hoje”. 

Lidia Yamashita, Presidente do Conselho Administrativo do Museu, disse com orgulho que a inauguração do novo ambiente e da mostra tem a ver com a concepção do Museu: “Este Museu tem a concepção de um antropólogo do Japão, que disse que o museu não podia ser morto e feito apenas de coisas antigas, mas precisava ser vivo, e estar sempre se atualizando com coisas novas. Então, a nossa intenção é justamente essa. Atualizar o museu, mostrando a influência da cultura pop japonesa no Brasil, principalmente para os jovens, e manter o museu vivo. “, afirmou Lidia.

Lidia Yamashita, Presidente do Conselho Administrativo do Museu, falou sobre a frequência e o perfil de visitantes do museu.
Lidia Yamashita, Presidente do Conselho Administrativo do Museu. (Foto: Caroline Figueiredo para o DT). https://diariodoturismo.com.br/

 

O museu possui o maior e mais completo patrimônio relacionado à história da imigração japonesa no Brasil, com 97.000 itens divididos em três andares do edifício da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo). Em 2018, foi realizada a primeira etapa da modernização para adequar a exposição às necessidades dos visitantes e proporcionar bastante interatividade, para que todos pudessem acessar diferentes itens do acervo de maneira intuitiva e virtual.

Cada um dos espaços representa uma fase da imigração: o 7° andar retrata com equipamentos e maquetes a realidade dos primeiros grupos de imigrantes que vieram no navio Kasato Maru, para trabalhar nas lavouras. Já o 8° andar mostra o período da diversificação das atividades agrícolas passando pela Segunda Guerra Mundial até a década de 50, quando os nipo-brasileiros enfrentaram a discriminação e o isolamento por conta do cenário político. Entretanto, superaram as dificuldades para e integraram totalmente à sociedade brasileira. Agora, o 9º andar é a exposição que finaliza essa linha do tempo: a exposição começa nos anos 50 e finaliza nos dias atuais, quando o Brasil passou a receber influências culturais do Japão, como séries de TV, animes, mangás, cosplays, culinária e tecnologia.

“O museu é uma homenagem da comunidade nipo-brasileira para o público em virtude dos 200 anos da Independência do Brasil – mais da metade com presença de cidadãos da nação asiática, a maior comunidade japonesa fora do Japão. Além disso, representa a segurança de uma história preservada e passada aos nossos descendentes e divulgada a toda a população. Mais do que seu valor histórico, há também um valor afetivo muito grande, já que os itens expostos fazem do espaço um templo, em que cada peça tem uma grande história a ser contada”, comemora a Presidente do Conselho Administrativo do Museu, Lidia Yamashita.

 

Primeira parte da linha do tempo do Museu da Imigração Japonesa — Foto: Divulgação/MHIJB

Primeira parte da linha do tempo do Museu da Imigração Japonesa — Foto: Divulgação/MHIJB

  • 7º andar – Equipamentos e maquetes retratam a realidade dos primeiros grupos de imigrantes que vieram no navio Kasato Maru para trabalhar em lavouras;

 

Segunda parte da exposição do Museu da Imigração Japonesa — Foto: Divulgação/MHIJB

Segunda parte da exposição do Museu da Imigração Japonesa — Foto: Divulgação/MHIJB

  • 8º andar – Temática aborda desde a diversificação das atividades agrícolas, passando pela Segunda Guerra Mundial e chegando até a década de 50, quando os nipo-brasileiros enfrentaram isolamento e discriminação por conta do cenário político mundial;

 

A nova área de exposição fica no 9º andar e conta com peças inéditas para trazer a linha do tempo do museu para a atualidade.

Novo pavilhão do Museu da Imigração Japonesa — Foto: Divulgação/MHIJB

Novo pavilhão do Museu da Imigração Japonesa — Foto: Divulgação/MHIJB

  • 9º andar – Mostra as influências culturais que o Japão teve no Brasil, desde os anos 50 até os dias atuais, por meio de séries de TV, animes, mangás, cosplays, culinária e tecnologia. Podem ser encontradas desde espadas a documentos históricos e armaduras de heróis, como o Jaspion.

“É uma homenagem da comunidade nipo-brasileira para o público em virtude dos 200 anos da Independência do Brasil”, disse Lidia Yamashita, presidente do conselho administrativo do museu, ressaltando que a maior comunidade japonesa fora do Japão está localizada em solo brasileiro.

 

Serviço

 

Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil

  • Local: Rua São Joaquim, 381 – Liberdade – Centro de São Paulo
  • Visitação: terça a domingo, das 13h às 17h
  • Entrada: R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia); gratuita às quartas-feiras;
  • Mais informações:www.bunkyo.org.br/br/museu-historico

Sobre o Museu
Idealizado pelos imigrantes pioneiros preocupados com a preservação e transmissão de sua história às gerações seguintes, o Museu foi inaugurado em 1978, após ampla campanha de arrecadação de recursos no Brasil e no Japão. Localizado nos andares 7, 8 e 9 do prédio do Bunkyo, a exposição possui um acervo de mais de 97.000 itens pertencentes aos imigrantes japoneses, tais como fotos, jornais, microfilmes, livros, revistas, filmes, vídeos, discos LP, quadros de pinturas, utensílios domésticos e de trabalho e kimonos. A biblioteca especializada, entre milhares de documentos e fotografias, reúne as edições completas de jornais nipo-brasileiros. Neste ano o Museu foi contemplado pelo PRONAC e agora pode contar com o patrocínio de grandes empresas.

Bunkyo
A Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo) foi fundada em 17 de dezembro de 1955, com uma missão de grande significado para a comunidade nipo-brasileira e ao relacionamento Brasil-Japão: organizar as comemorações do cinquentenário da Imigração Japonesa no Brasil, em 1958. Essa referência da representatividade do Bunkyo atribuída desde seu nascimento tem sido preservada e praticada ao longo desses anos. A entidade é a responsável pela manutenção do museu, inaugurado em 1978, após uma campanha entre o Brasil e Japão com a finalidade de manter viva a história e a cultura japonesa para as gerações seguintes de nipo-brasileiros e também ao público em geral como um capítulo da história do Brasil.

Patrocínios e parcerias
A exposição do nono andar do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil foi viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura e tem o patrocínio de Honda, NGK, Toyota, Fast Shop, Yamaha, Yakult, Gazin, Genibra, Mayekawa, MUFG, Sakura, Mitsui&Co., MOL, Sompo Seguros, Epson, Panasonic e Guarani Agroindústria. O projeto é uma realização de Bunkyo, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Reprodução: G1, Cinebreak, RevistaMuseu, Diário do Turismo,

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