Luto, descobertas, angústias e alegrias embalam dorama escrito por Tatielle Katluryn
Coisas boas acontecem para aqueles que vivem em sintonia com um propósito de vida. A escritora Tatielle Katluryn, após superar situações difíceis, como a perda do pai e pressões acadêmicas, decidiu usar suas experiências para escrever um livro. Assim surgiu O horizonte mora em um dia cinza.
Na obra a autora apresenta dois jovens: a brasileira Ayla Vasconcellos e o coreano Joon Hyuk. A princípio, o que os une é a paixão pela culinária da Coreia do Sul.
Depois do falecimento do pai, Ayla está em um processo de permitir que as feridas se tornem cicatrizes. Em um dia nublado, enquanto caminhava apressadamente para evitar um resfriado antes de uma apresentação importante, Ayla se choca com um rapaz que lhe oferece um guarda-chuva. Um tempo depois, outro esbarrão com essa mesma pessoa, desta vez, a garota acaba com os óculos quebrados.
Durante uma tentativa de se explicar, o rapaz comenta que se chama Joon Hyuk. E Ayla se recorda o que não havia percebido antes por conta da miopia: ele é a mesma pessoa que havia sido gentil com ela na mesma aula que frequentavam. Enquanto estudava coreano em um curso que fora presente de sua avó (que havia lhe apresentado os k-dramas), Ayla já havia percebido que a Coreia do Sul não era apenas um cenário de fantasia como nas séries, mas sim um país com pessoas reais e imperfeitas. Contudo, estaria ela pronta para viver o próprio k-drama?
Relembrar aquele primeiro dia de aula deixou Ayla Vasconcellos menos receosa a respeito de Joon Hyuk. Nesse percurso entre a sala de aula e a saída do prédio, após ter congelado na apresentação teórica que antecedia uma prova prática, ela milagrosamente o deixou passar o cartão magnético na catraca, dando passagem para ambos. Já do lado de fora do Haru Building, a menina respirou fundo ao sentir o ar da primavera.
(O horizonte mora em um dia cinza, pg. 53)
Por meio de uma escrita comovente, Tatielle mostra que algo mais profundo é capaz de surgir para as pessoas que dividem culturas, dores e esperanças. Pela intersecção das vidas de Ayla e Joon, a autora compartilha com os leitores a importância de acolher o próximo e quanto o simples fato de estar presente pode ter um significado enorme em situações difíceis.
Além do luto, a autora aborda de forma delicada questões sobre ansiedade e bullying. Essas dificuldades formam um arco para redenção e compreensão das dores humanas.
Ficha técnica
Título: O horizonte mora em um dia cinza
Autora: Tatielle Katluryn
Editora: Mundo Cristão
ISBN: 978-65-5988-299-1
Formato: 14×21 cm
Páginas: 224
Preço: R$ 69,90
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