Ah, 2019 foi um ano muito bom em termos de shows de Kpop. Tivemos muitas coisas para ver, fazer, interagir.

Um dos meus melhores momentos foi justamente com o Pentagon, que veio a São Paulo, no Tropical Butantã, em 15 de setembro.

Por já ter 51 anos, à época, eu não fui cedo para a fila. Fui umas duas horas antes, mesmo porque meu ingresso era bom, camarote, e eu não faço questão de ser espremida em grade. Minha experiência no show do MonstaX quanto a ser empurrada e espremida não foi legal.

Enfim, fiz amizades na fila, como sempre, tive apoio de outros fãs, o nome do fandom é Universe. Quando eu me sentia muito cansada de ficar em pé, pedia a alguém para guardar meu lugar e atravessava a rua para sentar no chão, na sombra. Não é fácil enfrentar filas para ver seus ídolos, mas eu garanto que a gente ama demais!

Também comprei o Hi Touch e foi uma das ocasiões mais fofas da vida! Adachi Yuto me chamou de Noona (embora ele seja japonês, como bom idol, fala coreano fluentemente) ao ver meus cabelos brancos e eu nunca vou me esquecer disso.

O show foi animado, feliz, com todo mundo cantando, mas sinceramente, o espaço não era dos melhores. Abafado, quente, úmido, pessoas passando mal. Isso já ocorrera no show do MonstaX e eu acredito piamente que as casas de shows do Brasil precisam melhorar, muito.

Os leitores provavelmente conhecem a música Shine, com mais de 225 milhões de views no youtube. As músicas deles são muito boas, mas a empresa deles é pequena e isso faz muita diferença em promoções do grupo.

A saída de um dos membros, inclusive, abalou um tanto a popularidade do grupo, especialmente no cenário internacional. E-Dawn era um dos principais nos hits do grupo e foi afastado pela Cube Entertainment por conta de ter uma namorada. Sim, isso é comum na cultura do Kpop. Farei outro post sobre isso oportunamente. Voltemos ao show.

Eu sabia praticamente todas as músicas pois o Pentagon é um dos meus grupos favoritos, embora não muito conhecido fora da Coreia do Sul. Seus membros começaram a prestar o serviço militar obrigatório, o que não significa inatividade. Novamente, o show foi memorável! Foram vinte músicas.

Sim, shows de Kpop são imensos, vívidos, animados, felizes.

Muita luz, interação com os fãs, sorrisos e um show de coreografia e vocais ao vivo. Tivemos covers, idols falando em português e inglês.

Como sempre, eu tenho uma música favorita e, no meu caso é Lost in Paradise, que me marcou MUITO por diversos motivos. É uma música exclusivamente cantada pela rap line e Yuto, como sempre, com seu 1,85m de altura, foi um destaque e tanto. A voz dele é maravilhosa!

Se eu me senti deslocada? Não. Nem um pouco. Uma das coisas que mais gosto do mundo do Kpop é que, na realidade, ao vivo e em cores, ninguém discrimina ninguém. Pode até haver problemas em redes sociais, grupinhos shippers que são insuportáveis, gente que não sabe ser fã sem agredir os outros, mas num show, pago, com gente que ama tanto quanto você, a probabilidade de você encontrar gente cretina é bem menor.

E assim foi comigo.

Havia duas garotas ao meu lado, pulando, curtindo, gritando e se emocionando com justamente o Yuto, que eu também adoro. E eu as observei me olhar de lado, meio sem graça, porque obviamente eram um casal de garotas bem apaixonado. Eu apenas sorri e elas pareceram ficar mais tranquilas com isso.

Entendam que, no ambiente do kpop, ao menos no que eu frequento, as pessoas com quem lido, homofobia não é algo comum. De jeito algum. Tem gente de todas as cores, idades, orientação sexual, sotaques, alturas, corpos, mentes, amores.

Isso é o que é fascinante no mundo do kpop.

Somos de todos os tipos, facetas, vivências e isso é enriquecedor, lindo e inspirador. Por isso, também, eu me tornei fã de Kpop, por conta de ser eu mesma sem precisar me desculpar por ser a, b, c ou d. Isso é ainda mais claro quando você forma grupos de fãs em redes sociais e descobre tanta gente com histórias lindas de paixão, amor, por idols.

A qualidade das músicas é impressionante e, você sempre achará algo no kpop que inspire você. Temos baladas, rock, bandas, música regional, música de todos os tipos. Experimente!

Apaixone-se!

Amor não deve ter um roteiro, não é mesmo?

Após o show, foram preparando as pessoas para o hi touch e foi um tanto confuso pois havia muita desinformação, a organização estava meio confusa e o ambiente muito quente. O tal parzinho lindo de garotas foi basicamente minha companhia e fiquei com elas durante toda a espera, esvaziamento de quem não tinha os tais “extras” e muito cansaço pois ficar na fila por duas horas mais umas duas horas de show berrando em pé não é algo tão simples. Não me arrependo de nada!

Valeu muito a pena.

As interações dos idols conosco foram todas lindas durante o show e mais ainda no tal high touch. Eu gosto tanto deles! Homens talentosos, dedicados e que espero que voltem logo ao Brasil porque necessito de mais sorrisos, músicas boas e o estilo único deles!

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Lily Wyvern